Vídeo de funeral ao som de lambadão viraliza na internet

Amplamente utilizada em filmes, desenhos animados e até games, a mais icônica marcha fúnebre, batizada de sonata para piano nº 2, é uma criação do compositor e pianista francês Frédéric Chopin. Ela é uma das peças musicais mais associadas a funerais e à morte, mas na vida real, certamente, os hinos religiosos também são acionados em ocasiões desta natureza.

Agora esqueça tudo isso. Um enterro que aconteceu no dia 18 de abril, no Cemitério Parque Bom Jesus, de Cuiabá, confundiu muita gente, pois tinha clima de baile de lambadão.

Enquanto amigos e familiares se dirigiam para o jazigo onde o motorista Cecílio Batista Duarte seria sepultado, o compasso acelerado agitou a calmaria do cemitério.

Alguém levanta o porta-malas de um carro e o som de “lambada”, da banda Signus ofusca o silêncio. Muita gente achou estranho quando viu o vídeo compartilhado na página Xômano Que Mora Logo Ali. Enquanto alguns reprovaram, teve também quem gostou da ideia.

“Acho que você deveria ter mais respeito e retirar esse vídeo”, reclamou uma fã da página.

“Meu pai também está enterrado aí. Ele não me ligou reclamando do barulho, não. Até porque o corpo foi enterrado, mas o espírito está em cristo. Não achei falta de respeito”, disse outra pessoa.

Outros, pelo visto, tiraram onda. “Por isso que quero que me cremem, já passei a vida brigando com vizinho por conta de som alto e aí chega a hora de descansar e me faz um furdunço desse?”.

Mas a maioria, celebrou o fato e ainda marcou amigos e familiares, aproveitando o ensejo, para declarar querem uma homenagem como esta.

Janaína Costa, irmã de Cecílio, acredita que ele se alegrou, onde quer que esteja.

“Meu irmão era daquelas pessoas que mudam o ambiente quando chegam. Ele brincava, alegrava a todos. Tinha sempre um sorrisão no rosto. E Cecílio dizia para todos que conviviam com ele que quando morresse, queria alegria. Dizia: ‘quero festa, quero lambadão’”, relembra Janaína Costa.

Cecílio foi vítima de um acidente no dia 16 de abril, na BR-364, próximo à Serra de São Vicente, em Santo Antônio de Leverger (a 35 km de Cuiabá).

“Falaram que o freio falhou e ele saiu da pista. Meu irmão morreu como um herói, pois ele poderia ter seguido adiante na estrada, mas isso poderia ter ocasionado a morte de outras pessoas. E foi assim, que imagino eu, ele preferiu tirá-lo da pista, capotando o caminhão”.

E você, o que achou da homenagem?

Fonte: O Livre /

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