Pastor que estuprou duas enteadas e engravidou uma é condenado a 30 anos de prisão

Pastor acusado de abusar de duas enteadas menores de idade em Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) e engravidar uma delas é condenado a 30 anos de prisão, em regime fechado. João do Nascimento Conceição está preso em Rio Branco, no Acre.

Os abusos foram denunciados pela mãe das vítimas, que foi casada com o pastor, em janeiro de 2018. Nesta época o condenado já não morava mais em Cáceres e o filho com a enteada já tinha 6 meses. Os abusos ocorreram em 2016 e foram praticados contra uma menina de 12 anos e outra de 17 anos.

A mais nova foi a primeira a ser atacada pelo pastor, mas logo contou para a mãe e os abusos cessaram. A menina relatou em juízo que o padrasto, por duas ocasiões, enfiou a mão dentro de seu short, mas não houve penetração. “(…) ele saiu com o amigo dele e ai contei pra minha mãe o que ele estava fazendo, isso foi em julho de 2016, eu tinha 12 anos; foi a primeira vez que ele mexeu comigo (…) na segunda ele fez, e na terça à noite eu contei pra minha mãe (…) ela foi pra cima dele, mas ele negou (…) e ela continuou com ele e ele não mexeu mais comigo (…)”.

Já em relação à outra vítima, a relação sexual à força foi praticada duas vezes. A adolescente não relatou os abusos para a mãe e mesmo após grávida escondeu quem seria o pai, por medo das ameaças e por vergonha. “(…) que dois dias depois, ele veio na minha cama, me pegou pelos braços, me puxou com violência e arrastou até o chão da cozinha e lá abusou de mim (…)”, diz a vítima em parte do depoimento. “(…) eu não comentei com ninguém, isso foi uma vergonha pra mim, desde 2016 eu não comentei com ninguém (…) ele continuou morando na casa, ficou violento com todos (…) ele vivia me ameaçando com facão (…) e disse ‘se você quiser morrer, eu te mato agora (…)”, acrescentou.

O acusado alegou em depoimento que teve um caso com a menina que engravidou, antes de se casar com a mãe dela e que manteve relação sexual com ela depois de se casar. Afirmou que tudo foi uma armação contra ele. Em relação aos abusos contra a mais nova, ele nega.

As vítimas foram ouvidas em duas oportunidades e apresentaram a mesma versão para os fatos. “Devemos crer que nenhuma pessoa inventaria situação dessa natureza e gravidade, arcaria desnecessariamente com os reflexos do ato se não houvesse suficiente motivação para tanto. Não consta qualquer elemento fático que demonstre motivo para desqualificar a palavra das vítimas, de forma que seus depoimentos não possuem qualquer mácula ou oferecem qualquer sombra de dúvida, havendo de ser integralmente recepcionado”, ressalta a juíza Graciene Pauline Mazeto Corrêa da Costa em parte da sentença.

A condenação foi de 14 anos de prisão em relação ao estupro de vulnerável cometido contra a vítima mais nova e mais 16 anos de prisão pelos abusos praticados contra a enteada de 17 anos. Somando as penas, chega-se a 30 anos de prisão.

Fonte: Gazeta Digital / Aki Ta Facil News

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