Anestesista estupra grávida durante parto; criminoso foi preso nesta segunda

Um médico anestesista foi preso e autuado em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (11), por estupro. Segundo investigadores, Giovanni Quintella Bezerra abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, São João Meriti, município na Baixada Fluminense (veja acima).

A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti.

A investigação começou após funcionários da unidade de saúde filmarem o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando ele participava do parto dela.

A equipe vinha desconfiando do comportamento do anestesista e estranhava, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas.

No domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável. Na terceira operação do dia, a equipe conseguiu, de última hora, trocar a sala, esconder o telefone e confirmar o flagrante.

Ao ser preso, o anestesista permaneceu em silêncio. O g1 tenta contato com a defesa de Bezerra.

Cremerj abre processo para expulsão

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar o anestesista.

Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, disse que “as cenas são absurdas”.

A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, está subordinado, repudiaram em nota a conduta do médico anestesista.

“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família”, afirmaram.

“Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, emendaram.

A polícia tenta descobrir outras possíveis vítimas do anestesista.

Fonte: g1/Jornal Estadão Mato Grosso

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