Mulher, de 43 anos, foi agredida e ameaçada para não colaborar com as investigações; dois dos seis suspeitos de envolvimento no crime estão
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta sexta-feira (27), uma operação em conjunto com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Essa operação, que recebeu o nome de Famulus e tinha como objetivo cumprir cinco mandados de prisão preventiva contra suspeitos de ameaças e agressões a uma mulher, de 43 anos; três suspeitos foram presos.
O caso já estava sendo investigado desde o dia 5 deste mês. A vítima era esposa de um homem, de 32 anos, que foi assassinado a tiros no dia 29 de abril deste ano, na Vila Ferraz, local onde ocorreu a operação policial de hoje. Os suspeitos também são alvo de investigações que apuram o homicídio.
Segundo a delegada Adriana das Neves Rosa, da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Santa Luzia, seis homens foram até a casa da vítima; dois deles chegaram a entrar na residência, enquanto os outros quatro ficaram do lado de fora para evitar que a mulher saísse do local.
“Eles agrediram a vítima e a ameaçaram para que ela não colaborasse com as investigações (do homicídio). Na sequência, saíram da casa e disseram que iriam retornar mais tarde para ter um outro ‘julgamento’, a fim de decidir se iriam matá-la ou não. Nesse meio-tempo, a Polícia Civil chegou à residência, conseguiu resgatar a vítima e tirá-la em segurança do local”, relata a delegada.
No dia do ocorrido, os policiais civis conseguiram prender em flagrante um dos suspeitos, de 44 anos. Outros três, de 19, 21 e 22 anos, foram presos durante a Operação Famulus nesta sexta-feira (27). Os demais suspeitos, de 30 e 38 anos, seguem foragidos e são procurados pela polícia.
Já sobre o crime de homicídio, as investigações continuam e de acordo com a delegada responsável pelo caso, os levantamentos preliminares indicam que a motivação do crime seria um furto de drogas por parte da vítima.
“Ele já havia trabalhado para esse grupo, que comanda o tráfico na Vila Ferraz, mas não estava mais atuando com eles, justamente porque tinha esse histórico de fazer uso dos entorpecentes que ele deveria vender ou tomar conta. Mesmo assim, estaria furtando drogas nos locais onde ele sabia que estavam escondidas para uso próprio. Por essa razão, ele teria sido executado”, conclui.