Janela partidária terá 15 trocas de siglas em Mato Grosso
Assessoria
A janela partidária deverá trazer importantes mudanças nos legislativos municipal, estadual e federal em Mato Grosso. A estimativa é que pelo menos 15 parlamentares migrem de grupo político para disputar as eleições em outubro deste ano. O maior ‘troca-troca’ ocorrerá na Assembleia Legislativa (ALMT) em que 6 deputados deverão optar em se filiar em legendas diferentes das que foram eleitos. Já na Câmara Federal, 4 deputados deverão transacionar entre as siglas. Na Câmara Municipal de Cuiabá, a expectativa é que 5 vereadores escolham outras agremiações.
A janela partidária foi aberta no dia 3 de março e encerrará no dia 1º de abril. Ela permite que os deputados federais, estaduais e distritais possam trocar de legenda sem o risco de perda de mandato. De acordo com a legislação, a janela se abre todo ano eleitoral, sempre 6 meses antes do pleito.
Neste ano, as eleições ocorrem no dia 2 de outubro. Neste ano, há a expectativa de que número relevante de deputados deixem a União Brasil, atual maior bancada da Câmara, fruto da fusão entre os extintos DEM e PSL. Grande parte dos parlamentares deve seguir o presidente Jair Bolsonaro, que se filiou ao Partido Liberal em novembro. Em Mato Grosso, por exemplo, só na ALMT três candidatos deixarão o novo partido. Por outro lado, dois parlamentares seguirão no novo grupo político ao lado do governador Mauro Mendes (União).
Na Câmara federal, um dos primeiros a anunciar que deixaria o União Brasil foi o deputado federal Nelson Barbudo (União). O parlamentar já declarou que se filiará ao PL para seguir o presidente da República. O ex-PSL deverá assinar a ficha de filiação nos próximos dias. Ele vai tentar a reeleição.
O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, mais conhecido como Emanuelzinho (PTB), Migração de partidos ‘Janela’ terá até 15 trocas em MT Juca do Guaraná também pensa em deixar o MDB neste mês deverá seguir o caminho do colega. O filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deixará o seu atual partido depois de um atrito com o ex-presidente da sigla Roberto Jefferson e irá atender ao convite do senador Wellington Fagundes, presidente estadual do PL. Ele também tentará a reeleição.
Outro deputado que pode mudar para o PL é José Medeiros (Podemos). O parlamentar já anunciou que vai sair do seu atual partido e que vai se candidatar ao Senado Federal. Ele, no entanto, aguarda se Fagundes irá se candidatar ao governo do Estado. Caso o senador tente a reeleição, Medeiros deverá optar pelo PTB, partido que tem mantido conversas e considera como plano B.
“Havia uma grande possibilidade de Wellington ir para governo. Mas eu li na imprensa que o senador iria para reeleição. Para eu ir para o PL, está condicionado o senador ser candidato a governo. Então, eu já estou me organizando com vista a outros partidos. Estou falando com PTB, buscando um plano B, caso ele [o senador] vá ao Senado”, contou Medeiros ao Jornal A Gazeta.
Já o deputado Doutor Leonardo (SD) trabalha para montar chapas proporcionais do seu partido. Entretanto, cogita mudar de sigla caso não consiga sucesso na composição. Ele, que tentará a reeleição, já recebeu convites do União Brasil, MDB, Republicanos e PTB. Carlos Bezerra (MDB), Rosa Neide (PT) e Neri Geller (PP) permanecerão nos atuais partidos.
Fonte: Luis Vinicius/Gazeta Digital