“FRIO, DESLEAL E AGRESSIVO” ‘Não mata minha mãe’, implorou filha que viu pai dar facadas
“Pelo amor de Deus, não mata minha mãe”, disse a adolescente para o pai.
João Vieira/Reprodução
Adolescente que presenciou a morte de sua mãe, a técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, 33 anos, implorou para que o pai, Júnior dos Santos Igesca, 36 anos, não matasse a vítima enquanto o suspeito desferia facadas contra a mulher.
Testemunho prestado pela menor relembra os últimos momentos da vítima, que morreu após receber diversas facadas do ex-marido. O caso foi registrado bairro Jardim Glória I, em Várzea Grande, na noite de domingo (6).
Segundo os relatos, ela e a mãe estavam se preparando para irem à missa quando o suspeito entrou na casa fazendo ameaças. A adolescente narrou que seu pai pulou os muros e veio na direção dos presentes com uma faca na mão.
Ela contou ainda que, de imediato, correu para um quarto junto de sua mãe, mas a porta do cômodo não tinha chave. Dessa forma, tentaram improvisar uma barricada com uma cama, mas o suspeito com “um mero chute” invadiu o espaço.
A menor contou que nesse momento o pai entrou no quarto e foi em direção a sua mãe, momento em que a adolescente tentou enforcar o homem para que ele parasse. Porém, sem sucesso na tentativa, ela viu o pai dar diversas facadas na mãe.
Após ser atingida pelas facadas, Franciele caiu na cama e foi atingida por mais golpes do marido no peito. O fato foi relatado pela menor, que disse ter visto que o tórax da mãe ficou aberto.
Devido às facadas, ela relembra que gritou diversas vezes para que o suspeito parasse. “Pelo amor de Deus, não mata minha mãe”, disse a adolescente para o pai. Após o episódio, a polícia foi chamada até o local, que constatou a morte da mulher.
Além disso, o pai de Franciele, Aparecido José da Silva, 67 anos, também foi esfaqueado por Júnior. Conforme noticiado pela reportagem, o homem foi encaminhado ao hospital em estado grave, mas não resistiu e morreu nesta segunda-feira (6).
Diante da situação, o suspeito foi preso por apresentar risco à sociedade. “(…) mostrando-se frio, desleal e agressivo, incapaz de ser mantido livre, pois gera, sem qualquer dúvida, perigo iminente aos que o cercam ou têm qualquer relação com o mesmo”, narra relatório da Polícia Civil encaminhado à Justiça.
Fonte: Khayo Ribeiro/Gazeta Digital/Web TV Cidade MT
