Avião em que morreu Marília Mendonça é removido e vai para aeroporto

A retirada do avião do local do acidente, em Piedade de Caratinga, é feita por um guindaste. Aeronave estará em Ubaporanga até o fim da tarde.

Um caminhão equipado com guindaste içou o avião do leito do Córrego do Lage(foto: Reprodução Super Canal)
O avião da PEC Táxi Aéreo Ltda, que caiu em Piedade de Caratinga na sexta-feira (05/11), começou a ser retirado da cachoeira do Córrego do Lage, em meio às pedras e à vegetação, na manhã deste domingo (07/11).

Na queda,  morreram a cantora Marília Mendonça e os outros quatro ocupantes.

Uma empresa especializada em remoção de aeronaves está fazendo a operação de retirada do avião. Um caminhão equipado com um guindaste içou o avião usando cabos de aço até uma estrada que passa no alto da região onde está a cachoeira.
Depois de resgatado, o avião será levado para o aeroporto de Ubaporanga, onde vai ficar isolado, juntamente com outras peças que se desprenderam durante a queda. O local onde estava a aeronave, em cima das pedras da cachoeira, tinha risco de cair e representava uma ameaça para os militares do Centro Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
O Tenente-Coronel Oziel Silveira, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), órgão do CENIPA, informou, no fim dos trabalhos de recolhimento de peças e instrumentos do avião, na tarde de sábado (06/11), que o trabalho de investigação do acidente vai prosseguir quando o avião estiver no aeroporto de Ubaporanga.

A previsão é que até no fim da tarde de amanhã, o avião e as peças que se desprenderam durante a queda estejam em Ubaporanga.

Fabiano Monte Alto, piloto de avião que atua em Governador Valadares, fazendo voos do aeroporto local para várias regiões do Brasil, disse que o CENIPA terá muito trabalho para investigar as causas do acidente.

Monte Alto pilota um bimotor Baron 58, bem parecido com o modelo que caiu em Piedade de Caratinga, e fabricado pela mesma empresa, a Beach Aircraft. “Essas  aeronaves de pequeno porte não têm obrigatoriedade de serem equipadas com gravadores de voz e dados do voo (caixa-preta), que facilitam as investigações”, disse.
Caso a aeronave tivesse a caixa-preta, os registros de voz dos últimos 30 min de voo, com a conversa entre os pilotos e dados operacionais do voo, poderiam revelar o funcionamento da aeronave, de acordo com Monte Alto. “Mas os militares do CENIPA são altamente qualificados para investigar acidentes aéreos envolvendo esses modelos de aeronaves, mesmo sem a caixa-preta”, disse Monte Alto.
Fonte: Alpiniano Silva Filho/Estado de Minas/Web TV Cidade MT
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