CRISE HÍDRICA: Nove cidades de MT já decretaram emergência por causa da seca

De junho de 2020 a maio deste ano, choveu 55% do volume que caiu no mesmo período de 2019 e 2020

Reprodução

Defesa Civil já reconheceu situação de emergência em quatro cidades

Nove cidades de Mato Grosso já decretaram situação de emergência por causa da seca e da iminência de uma crise hídrica. A Defesa Civil informou que até agora os decretos de quatro das cidades já foram homologados pelo Estado.

De junho de 2020 a maio deste ano, choveu apenas 55% do volume que caiu no mesmo período de 2019 e 2020.

Em Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá) cerca de 5,7 mil moradores sofrem com o desabestecimento regular de água na zona rural. Eles dependem de um caminhão-pipa enviado pela gestão municipal.

Conforme o prefeito do Município, Osmar Froner, a matriz econômica da cidade, baseada no ecoturismo, encontra-se prejudicada devido ao exaurimento hídrico também nos atrativos turísticos, causando desequilíbrio em toda a cadeia comercial.

Segundo Froner, diante da situação o Município foi obrigado a contrair despesas extraordinárias no valor de R$ 80 mil, podendo chegar a R$ 622 mil até o fim do período de estiagem.

Tangará da Serra também está entre as cidades que tiveram a situação de emergência reconhecidas pela Defesa Civil de Mato Grosso.

O Municipio tem um problema crônico no abastecimento de água, que se agravou em 2016. Desde então, por conta do crescimento populacional, a estação de tratamento não tem suportado a demanda.

No documento, a Prefeitura de Tangará da Serra, onde não chove há mais de 100 dias, decretou situação de emergência por seis meses, podendo ser prorrogada igual período.

De acordo com a Prefeitura do município, os córregos e rios estão muito abaixo dos níveis normais para essa época do ano.

 

Ecoturismo prejudicado 

Classificada como a pior seca dos últimos 60 anos, a falta de chuvas, as queimadas e o recorde de baixa do Rio Paraguai também tem prejudicado o setor de turismo aquático em Cáceres (a 270 km de Cuiabá).

No Município, as empresas precisam se reinventar para conseguir manter os clientes.

O problema fez a prefeita Eliane Liberato decretar situação de emergência e publicar dois decretos em 25 de agosto.

Um deles é sobre as medidas de proteção às queimadas e outro sobre a crise hídrica enfrentada pelos moradores. O clima seco e o vento têm colaborado para grandes incêndios na região.

Em Cáceres não chove há mais de 150 dias. Incêndios florestais já destruíram mais de 20 mil hectares de vegetação na região.

Além de Chapada dos Guimarães, Tangará da Serra e Cáceres, Alto Taquari e Juscimeira, que também sofrem com a seca e as queimadas, decretaram situação de emergência.

Conforme a Defesa Civil de Mato Grosso, decretos de Jaciara, Guiratinga, Barão de Melgaço e Arenápolis estão em processo de homologação.

Com a situação de emergência reconhecida, abre-se a possibilidade de ajuda financeira estadual ou federal para tentarem conter os cenários de crise.

Fonte: BRUNA BARBOSA/Midia News/Web TV Cidade MT

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