POLÍCIA / VIÚVA NEGRA “Luto exagerado” fez polícia desconfiar de envolvimento de esposa na morte de marido

A suspeita de ser a mandante da morte de Toni Silva Flor, 38 anos – assassinado em frente a uma academia há pouco mais de um ano – Ana Claudia Flor, também foi responsável por fazer com que a polícia desconfiasse de que ela pudesse ter participação no crime. Isso porque, depois de um tempo, a mulher começou a apresentar uma curiosidade ‘expressiva’ sobre a investigação. Essa situação foi confirmada pelo delegado Marcel Gomes de Oliveira, que está à frente do inquérito da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As informações foram reveladas à imprensa nesta sexta-feira (27).

Conforme o delegado, depois que o inquérito começou a ser apurado, alguns comportamentos no mínimo curiosos da mulher chamaram a atenção. Um deles foi o fato de ela ter registrado um boletim de ocorrência contra Toni e nem sequer ter informado os policiais quando ela foi chamada a prestar o primeiro depoimento.

“A gente ouviu ela na primeira semana na delegacia e ela omitiu esse fato desse boletim de ocorrência que ela tinha registrado contra o marido e era um boletim de ocorrência recente. E nós perguntamos para ela [Ana Claudia] se ela tinha algo contra e ela falou que não, que o relacionamento era mil maravilhas”, destacou o delegado.

Marcel citou ainda que outras situações praticadas por Ana Claudia começaram a pôr em prova mais ainda sua suposta inocência, visto que desde o início a DHPP já tinha suspeitas sobre ela. “E a insistência dela de estar indo na delegacia também, não para querer saber como que estava o caso, mas sim para saber se tinha suspeito. Isso não é normal por parte de quem investiga”, declarou.

Até o dia em que foi presa, na sexta-feira passada (20), a suspeita publicava diversas mensagens relativas à morte de Toni nas redes sociais, como em algumas em que pedia justiça e até mesmo uma declaração no dia dos namorados (12 de junho).

“Estaremos sempre juntos, de uma maneira ou de outra, nada irá nos separar. Seja nas orações, nos pensamentos, recordações, irei guardá-lo sempre em mim, meu eterno amor”, destacou Ana Claudia em um dos últimos posts do Instagram, antes de seu perfil ser desativado.

Segundo a Polícia Civil, todos estes atos, classificados como ‘exagerados’, fizeram com que a mulher passasse a ser sondada.

“Depois alguns fatos começaram a chamar a atenção, a forma como agia no meio geral do público. Por exemplo, fazendo campanhas por justiça pela morte do marido, fazendo campanhas, carreatas da paz, carreatas da saudade, fazendo camisetas, distribuindo camisetas e fazendo stories nas redes sociais”, concluiu Marcel.

Ainda conforme o delegado, todos esses atos e outros apontamentos coletados pela DHPP fizeram com que o inquérito levasse à Ana Claudia como a principal suspeita e mandante do homicídio do empresário por motivos que ainda deverão ser esclarecidos.

No entanto, em uma acareação feita na delegacia todos os outros quatro envolvidos já confessaram suas participações no crime, apenas a mulher do empresário, até o momento, nega todas as acusações feitas a ela

As investigações da Operação Capciosa deverão ser finalizadas na próxima semana. Todos os cinco envolvidos deverão responder pelo crime de homicídio qualificado.

Fonte: Matheus Maurício/Estadão Mato Grosso/Web TV Cidade MT

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