Pesquisa realizada demostram que menos de 20% de recém-nascidos são infectados por mães contaminadas

Estudo realizado em Ontário, no Canadá, mostrou que dificilmente bebês testaram positivo mesmo com suas mães estarem infectadas na hora do parto.

Com mais de um ano e meio da pandemia causada pela covid-19 assolando o mundo, a comunidade médica tem conseguido entender, cada vez mais, as consequências da doença em diferentes públicos, como as crianças. Este é o caso dos recém-nascidos que, mesmo com o sistema imunológico ainda em formação, não são os mais afetados pelo vírus Sars-Cov-2 e suas variantes.

Uma evidência disso é um estudo publicado no periódico JAMA (The Journal of the American Medical Association) revista científica de medicina, no dia 9 de agosto, o qual comprovou que menos de 20% dos recém-nascidos, testados após mães infectadas darem à luz, foram contaminados pela doença. O levantamento analisou todos os nascimentos registrados em Ontário, província do Canadá, durante o intervalo de 1 de fevereiro a 31 de outubro de 2020.

De acordo com a pesquisa, 82.484 mulheres deram à luz neste período, sendo 7.805 testadas para a covid-19 dentro do período de duas semanas após o nascimento do bebê. Dentre elas, apenas 156 deram positivo para a doença, o que levou a 81 recém-nascidos passarem pelo exame também: 66 tiveram resultado negativo para o coronavírus e apenas 15 testaram positivo.

Qual a importância dessa descoberta?  

Como aponta o artigo, a revelação desses números reforça que a contaminação perinatal (período entre a 28ª semana de gestação e o sétimo dia de vida do bebê) e o contágio nas duas primeiras semanas do recém-nascido ainda são evidências raras.

Isso reforça as diretrizes médicas de que, mesmo diante da pandemia da covid-19, é importante que mães e filhos sejam mantidos no mesmo quarto da maternidade após o parto, ainda que o distanciamento social e o uso de máscara sejam recomendados para a segurança e tranquilidade. “Essas medidas parecem ter efetivamente limitado a transmissão aos recém-nascidos, sem impor danos potenciais por meio da separação”, detalha o artigo.

A pesquisa lembra apenas que, assim como outras publicações sobre o assunto, há variações que não são possíveis de serem englobadas.  Por exemplo, não se sabe qual o índice de contaminação de recém-nascidos que tiveram contato com outras pessoas na maternidade – como profissionais da saúde e os próprios pais – possivelmente contaminados pela covid-19.

 

Fonte: bebe.abril/Web TV Cidade MT

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