POLÍTICA / DECISÃO POLÊMICA Deputados aprovam retorno da torcida aos estádios de Mato Grosso

Projeto libera uso de até 35% da capacidade das arquibancadas, apenas por pessoas vacinadas ou testadas contra covid-19

Os deputados estaduais aprovaram nesta segunda-feira (19), em segunda votação, o projeto de lei que permite o retorno das torcidas aos estádios de Mato Grosso. O texto foi aprovado com apenas um voto contrário, do deputado Lúdio Cabral (PT), e duas abstenções, de Xuxu Dal Molin (PSC) e Faissal Calil (PV).

Proposto pelo deputado Eduardo Botelho (DEM), o texto prevê a liberação de torcida para 35% das cadeiras disponíveis no estádio. Só será permitida a entrada de torcedores que apresentarem o comprovante de vacinação completa contra a covid-19 (com duas doses ou dose única), ou um exame RT-PCR negativo, realizado até 48 horas antes do evento.

Para entrar em vigor, o projeto precisa ser sancionado pelo governador Mauro Mendes (DEM). Além disso, nas partidas do Campeonato Brasileiro, é preciso que a CBF libere a entrada de torcida e comercialização dos ingressos.

Botelho justificou seu projeto afirmando que os clubes brasileiros enfrentaram uma grande perda de receita com a proibição de torcida nos estádios. A medida foi tomada no começo da pandemia de covid-19, em março de 2020, com o objetivo de evitar a contaminação dentro dos estádios.

“Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, quando os campeonatos estaduais e a Copa Libertadores foram paralisados como forma de mitigar a contaminação pelo coronavírus, os times de futebol amargam com perdas de receitas sem a comercialização de ingressos e o chamado “matchday” (ganhos com camarotes e cadeiras cativas, além da venda de alimentos e bebidas no dia de jogo)”, diz trecho da justificativa do projeto.

Para apresentar seu projeto de lei, Botelho se inspirou nas partidas da Eurocopa, realizadas ao longo do último mês, com a presença de torcida nos estádios. No Brasil, o mesmo aconteceu na final da Copa América, mas as cadeiras liberadas corresponderam a apenas 10% da capacidade do Maracanã. O evento, no entanto, foi marcado pelo uso de exames falsos e aglomeração para conseguir uma cadeira na arquibancada.

Fonte: Estadão  Mato Grosso

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