OBRAS PARADAS MT tem mais de 3 mil obras paralisadas, aponta TCE

Mato Grosso tem 3.028 obras estaduais e municipais no valor de R$ 7,4 bilhões paralisadas atualmente.

Marcos Vergueiro/Secom-MT

As obras do VLT estão paradas, em Várzea Grande e Cuiabá, desde o fim de 2014, ano da Copa do Mundo

Mato Grosso tem 3.028 obras estaduais e municipais no valor de R$ 7,4 bilhões paralisadas atualmente. Do total, 1.482 estão com os serviços suspensos há mais de 90 dias. Os dados são do “Radar obras paralisadas”, uma ferramenta lançada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que integra o módulo “Sistema Radar de Controle Público”.

O levantamento traz a relação das construções paradas no Estado, com detalhes, valores gastos, tempo de interrupção dos trabalhos e, inclusive, um “Top 20” sobre os empreendimentos.  Na lista dos municípios com maior número de intervenções paradas estão Rondonópolis (269), Cuiabá (185), Várzea Grande (146), Barra do Garças (73), Sinop (65), Tangará da Serra (58), Barra do Bugres (57), Alto Araguaia (55), Pontes e Lacerda (55), Paranatinga (53), Cáceres (50), Aripuanã (48), Pedra Preta (47), Canarana (46), Primavera do Leste (46), Alto Paraguai (41), Jaciara (40), Sorriso (37), Lucas do Rio Verde (35) e Alta Floresta (34).

Já o setor com maior percentual de trabalhos paralisados é o de infraestrutura e transporte, com 34,9%. Em segundo lugar vem o da educação com 25%, seguido da saúde (12,7%), esportes (4,3%), meio ambiente, recursos hídricos e saneamento (3,9%) e urbanismo e habitação (3,7%).

Entre as intervenções enumeradas estão drenagem de águas pluviais nos bairros Vila Poroxo e São Sebastião, e a construção da creche no Residencial Celina Bezerra, ambos em Rondonópolis; a pavimentação asfáltica das rodovias 249/492, no trecho da MT-249, em Nova Maringá/Fazenda Biriqui e a MT-492, em São José do Rio Claro, numa extensão de 81,017 km; e a obra da Escola Estadual Luciene Cardoso de Oliveira, em Peixoto do Azevedo, que teve o contrato assinado em 2017. Contudo, o serviço estimado em R$ 7 milhões nunca ficou pronto.

Para o presidente do TCE, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, o novo módulo democratiza as informações de forma dinâmica, ágil, contínua e transparente. “Nosso objetivo, que vem sendo regra nessa gestão, é auxiliar os gestores públicos, o Poder Executivo e o Poder Legislativo, de forma objetiva, na discussão, apreciação e aprovação das leis orçamentárias. Dessa forma, somando esforços em prol do desenvolvimento, o Tribunal de Contas cumpre sua missão de promover o controle externo e contribui para a melhoria dos serviços prestados e da qualidade de vida da população”, disse Maluf durante live de lançamento da ferramenta.

Fonte: JOANICE DE DEUS/Diário de Cuiabá