AI DAS ‘DIRETAS JÁ’ Após 15 anos de morte de Dante, legado político segue vivo pela liberdade
Otmar de Oliveira
Sobrinho do ex-governador Dante Martins de Oliveira, o ex-vereador Leonardo de Oliveira aponta que o legado em prol da liberdade implementado pelo tio segue vivo e deve ser amplamente defendido no Brasil atual, em meio à polarização política.
Pai do movimento “Diretas Já”, que teve como objetivo a retomada das eleições diretas, Dante de Oliveira faleceu há 15 anos, no dia 6 de julho de 2006.
Ao falar sobre o legado de Dante, o ex-vereador relembra que o ex-governador sempre defendeu a liberdade de expressão, acima dos partidarismos entre a direita e a esquerda.
“O que a gente precisa é sempre ter a liberdade de escolha. O povo tem que escolher por quem quer ser governador, estando certo ou errado”, disse Leonardo de Oliveira.
“E hoje nós temos essa liberdade. O Brasil avançou muito com a liberdade, esse é o grande legado do Dante. Ele era um político nato”, acrescentou.
Em defesa da liberdade, o ex-vereador afirmou que, caso estivesse vivo hoje em dia, Dante faria uma “ferrenha oposição” a qualquer tipo de movimento que pedisse o retorno da ditadura militar.
“Isso eu acho que seria um posicionamento muito forte do Dante. Não importa se é esquerda ou direita, tem que prevalecer sempre a democracia. Esse seria um trabalho muito forte que ele teria”, pontuou.
À reportagem, o ex-vereador relembrou as obras feitas por Dante, a exemplo da hidrelétrica da barragem do Manso, e falou também a respeito dos enfrentamentos realizados pelo tio.
“Ele teve grandes arrochos. Ele pegou Mato Grosso com muita dificuldade e colocou o estado no patamar alto. Foram enfrentamentos difíceis, mas necessários para que o Mato Grosso de hoje conseguisse, por exemplo, produzir no nível que produz”, defendeu.
Além de ex-governador de Mato Grosso, Dante também ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrária do Brasil, deputado estadual, deputado federal e prefeito de Cuiabá por três vezes.
Fonte: Khayo Ribeiro/Gazeta Digital