CASO LÁZARO: Fazendeiro que ajudou Lázaro é indiciado: “Dificultou o trabalho da polícia”
Delegado Rafhael Neris Baboza, titular da Subdelegacia de Polícia de Cocalzinho de Goiás, afirmou que o fazendeiro dificultou “de todas as formas” nas investigações.
O fazendeiro Elmi Caetano, 74 anos, preso por auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa Sousa, 32, foi indiciado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) pelos crimes de favorecimento pessoal — consiste na ajuda prestada para que o autor do delito não seja alcançado pela autoridade pública — e posse ou porte ilegal de arma de fogo. O idoso foi detido na quinta-feira (24/6) por policiais penais da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) e permanece preso no presídio de Águas Lindas de Goiás.
Em entrevista ao Correio, o delegado Rafhael Neris Baboza, titular da Subdelegacia de Polícia de Cocalzinho de Goiás, afirmou que o fazendeiro dificultou “de todas as formas” o trabalho da polícia. “Ele não deixava os policiais entrarem na fazenda para fazer a averiguação. Então, a equipe foi achando estranho essa atitude, visto que todos os moradores estavam colaborando nas buscas”, detalhou.
Elmi responderá pelos crimes de favorecimento pessoal, cuja pena vai de um mês a seis meses de detenção, e por porte ilegal de arma de fogo, que pode ultrapassar seis anos de reclusão. O caseiro Alain Reis, 34, que chegou a ser detido junto ao patrão, não foi indiciado. “Ficou constatado que ele não teve envolvimento nos delitos e ajudou nas buscas, colaborando com o andamento das investigações”, salientou o delegado.
Procurada pelo Correio, a defesa de Elmi confirmou os indiciamentos e frisou que aguarda o andamento do processo. “Não vamos nos manifestar para preservar a família. Depois, iremos emitir uma nota”, destacou o advogado Ilvan Barbosa.
Audiência de custódia
Na audiência, realizada na sexta-feira (25/6), a juíza Luciana Oliveira, ao converter a prisão de Elmi em preventiva, destacou à época que o fazendeiro representa risco efetivo à ordem pública. Ela justificou, ainda, que foram reunidos indícios de que o réu, por vários dias, deu guarida, em sua fazenda, a Lázaro.
Fonte: Darcianne Diogo/Correio Brasiliense