PANDEMIA: Irmão de Valdemiro, bispo Vanderley Santiago morre de covid-19 em SP

Bispo Vanderley Santiago faleceu um dia após buscar atendimento médico. Internautas criticaram Valdemiro por vender produtos milagrosos, como sementes de feijão, que não funcionam no tratamento da doença.

Valdemiro Santiago (à esq.) é irmão de Valderley Santiago (à dir.) -  (crédito: Facebook/Reprodução)
Valdemiro Santiago (à esq.) é irmão de Valderley Santiago (à dir.) – (crédito: Facebook/Reprodução)

O bispo Vanderley Santiago, 53 anos, da Igreja Mundial do Poder de Deus morreu de covid-19 nesta segunda-feira (28/6), em São Carlos (SP). Ele é irmão do apóstolo Valdemiro Santiago, investigado por estelionato pelo Ministério Público após vender sementes de feijão com “poderes” de cura da doença, em 2020.

Vanderley recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 em 16 de junho, mas foi infectado antes do imunizante agir no organismo. De acordo com a Prefeitura de São Carlos, ele foi atendido no Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho no domingo (27/6) e logo após foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Felícia. Lá, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.

O sepultamento de Vanderley foi feito na tarde desta terça-feira (29/6) no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos.

O religioso era casado havia 28 anos com Otanilde Santiago, com quem teve uma filha, Vanderléia Santiago. As duas, o irmão Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus não se pronunciaram sobre a morte.

Internautas criticam falsa promessa de cura de irmão de Vanderley

Nas redes sociais, a notícia da morte foi recebida com críticas sobre a venda de medicamentos milagrosos, em referência à venda dos “feijões mágicos” contra a doença causada pelo novo coronavírus. “Amuletos, assim como cloroquina e afins, não curam a covid”, escreve um usuário. “Pelo visto feijão de mil reais em casa não faz milagre”, comentou uma mulher.

“Lamento a morte, porém que aprendam a não abusar da fé dos outros, charlatões”, desabada outro usuário.

Fonte: Talita de Souza/Correio Brasiliense