‘NÃO VENCEMOS BATALHA’ Mato Grosso vive a 3ª onda da covid-19, alerta secretário de Saúde
“As pessoas se comportam como se não estivéssemos em uma pandemia. Nós ainda não vencemos essa batalha”, alerta o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo. Mato Grosso já vive a terceira onda de contaminação pela covid-19, com aumento no número de casos e elevação da taxa de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para contaminados pelo novo coronavírus.
O secretário pontua que reuniões do Dia das Mães, em 9 de maio, e a flexibilização estabelecida por prefeituras contribuíram para a elevação dos casos. O gestor pontua que efeitos do relaxamento das medidas de contenção ao avanço da doença serão percebidos ainda mais daqui a 15 ou 20 dias.
No início do mês, Figueiredo anunciava o fechamento gradativo do Centro de Triagem para covid-19, na Arena Pantanal. A baixa demanda fez com que o local parasse de funcionar no sábado. Contudo, a procura aumentou e ele será mantido até que as prefeituras tenham condições de absorver a demanda de pessoas com suspeita da doença.
A função do Centro de Triagem é um apoio do Estado, não assume o papel de atenção básica dos municípios, como explica Figueiredo. Os atendimentos no local seguem apenas em dias de semana.
“Infelizmente nos últimos dias já estamos experimentando crescimento dos atendimentos no centro de Triagem. Vou falar com o governador, levando um diagnóstico, não temos ainda data para desativação. Já estamos numa terceira onda. Passamos por um período de declínio e começamos a subir de novo. Temos uma onda nova a ser administrada daqui para a frente”, destaca o gestor.
Ele pontua que essa onde está diretamente relacionada ao comportamento da população. Com reuniões e aglomerações, o que propicia o aumento da transmissão do vírus.
O secretário afirmou que foram encontradas 8 variantes do novo coronavírus em Mato Grosso, mas isso não significa que a situação seja mais grave. É mais um vírus causador da covid que precisa ser prevenido por meio de isolamento e medidas de biossegurança.
“Nacionalmente temos um declínio, mas temos que estar preparados para uma onda mais severa. A população se comporta como se pandemia tivesse acabado. É importante que as pessoas saibam que um comportamento individual afeta o coletivo”, frisa.
Figueiredo relata que em momento mais crítico, havia fila de 200 pessoas esperando por vaga em UTI. Hoje não há fila, mas o doença se agrava rapidamente e é possível que o cenário mude repentinamente.
Fonte:Jessica Bachega jessica@gazetadigital.com.br GAZETA DIGITAL/ WEB TV CIDADE MT