É SEMANA DO ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO DE TANGARÁ DA SERRA – EPISÓDIO 3 –

UM AGRADÁVEL RETORNO AO PASSADO A PRIMEIRA ELEIÇÃO PARA PREFEITO VICE E VEREADORES DE TANGARÁ DA SERRA. Voltando ao passado, e esta é uma data especial para isto, naquela época (1976) o cenário era totalmente diferente de hoje, estávamos em pleno Regime Militar. Contextualizando o cenário, o Presidente da República era o General Ernesto Geisel e, no Mato Grosso o Governador escolhido pelo presidente da República, que na época era apelidado de “Biônico”, foi o saudoso José Garcia Neto, que era governador inclusive quando o Estado de Mato Grosso foi dividido em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Alias, esta questão da divisão do estado, em seu mandato de governador, o levou a uma derrota redundante, quando se candidatou a senador, perdendo para um desconhecido morador de Cáceres, na época, Benedito Canelas.

Diferentemente de hoje, só haviam dois partidos no Brasil, que eram a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento democrático Brasileiro (MDB) – e podiam sair até três candidatos a prefeito, por legenda.

Em Tangará da Serra somente a ARENA lançou candidatos. Houveram duas chapas, isto é: a Arena1 e a Arena 2.

Lembrando Tangará tinha um representante na Assembleia Legislativa o Dep. José Amando Barbosa Neto que inclusive foi o autor da Lei que criou o município de Tangará da Serra, com um enorme peso político.

A Convenção da ARENA foi marcada para ocorrer no Cinema Esplanada, que era um prédio de esquina da rua 12 com a Rua 9, hoje no canto em frente da Praça da Bíblia. Fui designado novamente para exercer o cargo de Observador da Justiça Eleitoral, para acompanhar a convenção, e obrigatoriamente de fazer um relatório, com todos os detalhes de como tinha ocorrido a convenção ao Juiz Eleitoral, bem como assinar a ata da convenção.

Politicamente, o cenário da noite anterior às convenções foram de muitas conversas, diálogos e acertos no sentido de quem seriam os candidatos??? Detalhes dos quais não participei, pois representava a justiça eleitoral em Tangará da Serra. Conta-se que foi um “piseiro”, houve muito burburinho, muita conversa ao pé do ouvido.

Chegado o dia da convenção, o Cine Teatro Esplanada ficou lotado, foi colocado uma mesa no palco, e me convidaram para fazer parte, pois tinham recebido da Justiça Eleitoral o comunicado que eu tinha sido nomeado, Observador da Justiça Eleitoral.

Após muitos discursos e registros das chapas, foram realizadas as votações e as escolhas, primeiro para a majoritária, isto é, a prefeito e vice.

Pela Arena 1 foi registrada para prefeita a Dona Thais Barbosa, esposa do então dep. José Amando, e para  seu vice o saudoso Pedro Tayano, que então morava no Progresso e exercia o cargo de Diretor da Escola Patriarca da Independência.

Pela Arena 2 o Sr. Helio Tavares que era na época vereador por Tangara na Câmara de Barra do Bugres e para vide o Sr. Giocondo Carmona, proprietário juntamente com seus irmãos de uma serraria onde hoje seria a Loja de Material de Construção Lorenzetti na Av. Brasil.

Para candidatos a vereador, diversos nomes foram escolhidos uma lista enorme, inclusive quem redigiu a Ata da Convenção foi o saudoso professor Júlio Garcia Cagnin, cujo irmão Wilson Garcia, foi no mandato de Antônio Porfírio, na gestão de 1983 – 1988, o primeiro Secretário de Saúde de Tangará da Serra.

Naquela época não existia rádio em Tangará, muito menos televisão, a politica, era feita de visitas e muita conversa, ao “pé do ouvido”, e a maioria dos eleitores moravam na zona rural de Tangará, voltem ao tempo e imaginem como foi…

No dia das eleições, novamente estava envolvido, inclusive sendo membro da Junta Apuradora. A contagem dos votos ocorreu em Barra do Bugres.

Dona Thais e o saudoso professor Pedro Tayano, foram, por ampla maioria escolhidos para administrarem Tangará de 1976 à 1982.

Um detalhe, sabem onde foi a primeira prefeitura? Foi onde hoje fica a Praça da Bíblia, onde existia uma escola de madeira, no centro da quadra, aí funcionou a nossa primeira sede da Prefeitura, e a Câmara Municipal, por incrível que hoje possa parecer funcionava dentro da Prefeitura Municipal.

Por falar em Câmara Municipal, quem deu posse a prefeita eleita Dona Thais foi o vereador mais votado Antonio Alves Moreira, nosso amigo, que carinhosamente todos o chamamos de “Tonhão”, companheiro de nossas peladas do LITRÃO no campo pinga pura onde hoje fica a feira municipal, gente boa barbaridade. Sendo eleito na mesma ocasião o primeiro presidente foi o Saudoso Ari Torres.

Entraram para a história dos primeiros legisladores de nosso município, além do saudoso Ari Torres, que também exerceu o cargo de prefeito Municipal, num período deste mandato da Dona Thais, pois o seu vice o saudoso Pedro Tayano, faleceu. Os outros vereadores o nosso amigo Tonhão, o José Capucho, que antes tinha sido vice do Sansão, na barra, o saudoso Ramão Sanches responsável pela estruturação e o loteamento da Vila Alta, pai da nossa querida Betinha, que também depois foi vereadora, o saudoso Antônio Galhardo, o Seu Joaquim Alves da Silva mais conhecido por Joaquim do Boch, cujo reduto eleitoral ficava no Distrito do Joaquim do Boch, Saudoso Darci Ermita que era taxista; José Nias de Carvalho, um comerciante, muito ativo tinha sua loja na Avenida Brasil; o saudoso Sergino Inácio de Mendonça; o saudoso Vicente Serafim de Almeida, o Saudoso Brasilino Gomes Amado.

Vamos parando por aqui, para não cansar muito, amanhã iremos recordar das eleições municipais de 1982, de nossa querida Tangará da Serra.

 

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