Secretaria de Agricultura e Abastecimento lista dez cuidados para evitar incêndios nas plantações.
Até o final da estiagem em São Paulo, iniciada em julho e com término previsto somente em setembro, quando começam as chuvas e o início da primavera, ainda podemos ter, infelizmente, notícias sobre queimadas. Elas acontecem com muita frequência em propriedades rurais que ficam às margens das estradas onde qualquer toco de cigarro jogado pode vir a causar um incêndio de maiores proporções devido ao mato estar muito seco nesta época, sendo material de fácil combustão. Alguns incêndios podem ser causados por raios, e, ainda outros por descuido na limpeza de terrenos, até um caco de vidro, lata ou um pedaço de metal podem ser responsáveis por dar início ao fogo que, sem controle, pode consumir grandes áreas de plantações ou matas.
“Os proprietários de áreas rurais precisam ficar atentos para evitar incêndios de grandes proporções em suas lavouras, e sempre é bom reforçar as medidas de prevenção, já que fatores como o aumento da incidência de ventos, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas contribuem para que os incêndios ocorram”, lembra o engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli, técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lotado na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional São José do Rio Preto, região Noroeste do Estado.
“O fogo pode causar inúmeros danos, como matar os microorganismos do solo, destruir a matéria orgânica e empobrecê-lo para o cultivo. Mata também os animais silvestres, deixando saldo prejuízos com a queima de estruturas como cercas e, sendo em áreas de pastagens ou cultivos, pode inviabilizar toda a produção naquele espaço. O fogo também pode atingir a rede elétrica e provocar um aumento nos danos. “As áreas mais vulneráveis são as de cana, pastagens, a fruticultura, os eucaliptos e seringueiras e as matas nativas”, explica Andrey, falando mais especificamente na região de São José do Rio Preto onde são comuns esses cultivos.
Dicas
1 – Ficar a par da legislação porque, sendo ou não culpa do proprietário, ele poderá responder pelos danos.
2 – Fazer aceiro (faixas ao longo das cercas livres de vegetação da superfície do solo) com grade e/ou enxada para que o fogo não passe para outros locais. A técnica tem baixo custo e é muito eficaz.
3 – Manter um tanque de água sempre cheio e meios de transporte para levar a água até o local do incêndio.