Mendes diz que deputados agem politicamente e sugere que AL abra mão de orçamento para pagar professores.
O governador Mauro Mendes (DEM) amargou sua primeira derrota no Legislativo e alfinetou os deputados por conta da derrubada do veto do Governo ao projeto que fixa um auxílio emergencial de R$ 1,1 mil aos professores interinos e contratados das escolas públicas estaduais. O chefe do Executivo afirmou que os parlamentares agiram para atender interesses políticos e sugeriu que a Assembleia Legislativa abra mão de seu orçamento para que a ajuda seja paga.
“Eles não têm a responsabilidade de conduzir o caixa e as necessidades do Estado. Eu tenho essa responsabilidade e vou agir de acordo com essa responsabilidade. Infelizmente, nós temos que trabalhar corretamente e não politicamente. Gostaria muito de dar um auxílio aos professores. Seria um bom começo a Assembleia abrir mão do orçamento dela para gente pagar essa conta”, disse o governador.
O veto do governador foi fortemente criticado inclusive por deputados de sua base. O Governo, pode sua vez, sustenta que seguiu recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que considerou o projeto de lei inconstitucional.
O projeto, de autoria do deputado Valdir Barranco (PT), foi aprovado em maio e beneficia cerca de 2,5 mil professores do Estado que chegaram a atribuir aula, mas não efetivaram contrato em razão da suspensão das atividades escolares por conta da pandemia de coronavírus.
Pela lei, as secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Assistência Social e Cidadania (Setasc) deverão subsidiar um auxílio de R$ 1,1 mil para cada professor interino. O valor será pago mensalmente enquanto durar o decreto de calamidade. Nesta segunda-feira (22), 16 deputados se posicionaram contra o veto de Mendes. Somente cinco parlamentares votaram junto com o Governo.