“POSTURA DESSA PORTA PARA DENTRO PRECISA MUDAR”, PROTESTAM ADVOGADOS, PEDINDO RETORNO DO JUDICIÁRIO.

O Poder Judiciário de Mato Grosso prorrogou até 30 de junho o fechamento das portas do Palácio da Justiça, dos Fóruns das comarcas do Estado e de quaisquer dependências do serviço judicial, na primeira e segunda instâncias, assim como o regime obrigatório de teletrabalho, em decorrência das medidas temporárias de prevenção no contágio pela Covid-19.

A decisão gerou insatisfação em muitos profissionais da área, que se manifestaram contra ao longo período de plantão extraordinário do Judiciário, iniciado no dia 17 de março. “O discurso deve ser muito simples e objetivo, para que dessa porta para dentro nos ouçam. Não temos salário. Temos contas para pagar (…) além disso, o âmbito social que estamos representando aqui vão além dos nossos interesses, são interesses da sociedade”, discursou o advogado Jonas Coelho, durante ato de protesto realizado em frente ao Fórum de Tangará da Serra.
“O tratamento que o Judiciário deve dispensar ao jurisdicionado, não deve ser diferente daquele que vocês irão encontrar aqui da rua para baixo e para cima, do borracheiro funcionando ali, do jornal imprimindo seu papel, do hospital funcionando, do posto de gasolina, dos bancos… E nós? E nós? (…) Se consideramos a essencialidade do funcionamento do judiciário, que abram essas portas. Já é chegada a hora a dar uma resposta diferente para nós, advogados, e para sociedade”, completa, ao pedir a volta dos trabalhos do Judiciário.

O mesmo protesto foi realizado em Barra do Bugres, com profissionais unidos e pedindo retorno das atividades do Judiciário. “Acredito que, voltando o atendimento, com todos os cuidados que a saúde exige, poderemos trabalhar sem risco de contaminação, sem essa preocupação de contrair a doença”, acrescentou a advogada Regina Marília de Oliveira.
“Estamos aqui para contribuir, compor e trazermos ideias. Ninguém mais interessado do que nós que a justiça volte a atuar. Os fóruns precisam reabrir, os tribunais precisam reabrir. Tomemos os cuidados e pedimos que tudo que estamos dizendo aqui ecoem em outras comarcas, em outras subseções, no Tribunal de Justiça e que chegue até Brasília”.

 

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