Dólar vai abaixo de R$ 5, preços da soja recuam no BR e semana é marcada por poucos negócios.
“Os vendedores sumiram”, disse o consultor da Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, sobre a semana no mercado brasileiro da soja. A baixa do dólar e o elevado índice de comercialização, principalmente da safra 2019/20, mantém os produtores mais cautelosos e evitando novos negócios.
Dessa forma, o ritmo de negócios se mostrou bem mais lento nestes últimos dias, e agora o “produtor não vai vender a ‘qualquer preço’, só quem vendeu esses dias era quem precisava fazer caixa, ou algo assim”, explica Brandalizze. “O produtor já vendeu bem”, completa, afirmando ainda que a tendência, portanto, é de que os negócios com a soja brasileira se desacelerem nos próximos meses, ficando cada vez mais escassos diante da pouca oferta ainda disponível.
De outro lado, o consultor diz também que os compradores seguem muito ativos – principalmente os importadores – com a China ainda bastante agressiva em “todos os mercados”, e essa procura ainda frequente pelo produto nacional ajuda a favorecer a constante altas dos prêmios no Brasil.
As principais posições de entrega, da perspectiva do vendedor, já variam entre 130 e 180 centavos de dólar sobre os valores praticados na Bolsa de Chicago, de acordo com dados apurados pela Brandalizze Consulting. Nos meses mais distantes, os valores são mais altos e são mais um reflexo da oferta de soja bastante limitada esperada pelo Brasil.
No interior do país, os negócios também foram mais pontuais. “O que motivou um pouco mais as vendas foi uma leve melhora no óleo, mas o farelo ainda está mais fraco. Então, os preços de lote também caíram um pouco e não estimularam tantos negócios”, explica Vlamir Brandalizze.
Assim, a soja disponível encerrou a semana com referências entre R$ 102,00 e 106,00 por saca para o produto disponível nos principais portos do país, enquanto os indicativos para fevereiro de 2021 ficaram entre R$ 99,00 e R$ 100,00.
Fonte: Noticias Agrícolas