Desemprego aumenta em 12 estados no primeiro trimestre.
O desemprego aumentou em 12 estados brasileiros e se manteve estável nos demais no primeiro trimestre de 2020, de acordo com a PNAD Contínua Trimestral (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As maiores altas no desemprego aconteceram no Maranhão (3,9 pontos percentuais, com taxa de 16,1%), Alagoas (2,9 p.p., com taxa de 16,5%) e Rio Grande do Norte (2,7 p.p., com taxa de 15,4%).
Já as maiores taxas em percentual foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%) e as menores em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).
O país tinha 12,9 milhões de desempregados de janeiro a março deste ano, com taxa de 12,2%. A taxa de desemprego é maior entre as mulheres (14,5%) do que homens (10,4%) e entre pretos (15,2%) e pardos (14%) do que brancos (9,8%).
As taxas de desemprego aumentaram para os jovens entre 18 e 24 anos, passando de 23,8% no último trimestre de 2019 para 27,1% no primeiro de 2020.
No Nordeste, o desemprego para essa faixa etária chegou a 34,1%. De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, é esperado haver no primeiro trimestre um aumento da desocupação, devido às dispensas dos trabalhadores temporários contratados no final do ano.
Durante o primeiro trimestre do ano, a maior parte dos desempregados estão de um mês a menos de um ano em busca de uma nova vaga (45,5%), enquanto 23,9% estão nesta situação há dois anos ou mais, 12,6%, de um ano a menos de dois anos e 18,0%, há menos de um mês.
No Brasil, 3,1 milhões de pessoas procuram trabalho há dois anos ou mais e essa estimativa representa queda de 7,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Os estados do Pará (61,4%) e do Maranhão (61,2%) foram os mais afetados pela informalidade, enquanto as menores taxas foram encontradas em Santa Catarina (26,6%) e no Distrito Federal (29,8%).No país, a taxa passou de 41% para 39,9%. Embora a taxa de informalidade tenha se mantido estável em 18 estados, ela ficou acima da taxa média nacional (39,9%) nesses locais, variando de 41,2%, em Goiás, até 61,4% no Pará. Em 11 desses 18 estados, a informalidade ultrapassou 50%.
Adriana também não garante que as medidas de isolamento social, provocadas pela pandemia da covid-19 refletiram na taxa de desemprego do trimestre fechado em março. “Grande parte do trimestre ainda está fora desse cenário. Não posso ponderar se o impacto da pandemia foi grande ou pequeno, até porque falamos de um trimestre com movimentos sazonais, mas de fato para algumas atividades ele foi mais intenso”, afirmou Adriana.
Fonte: Noticias R7